segunda-feira, 7 de junho de 2010

A fumaça do tabaco mata crianças

A propaganda do tabaco refere-se, em tom sigiloso, à documentação estratégica da indústria do tabaco e que é dirigida directamente ao público infantil e juvenil. Chamo a isto de sedução de menores ao consumo de drogas! É inacreditável que este tipo de delito contra crianças conte com a anuência do Estado.!

A fumaça do tabaco mata crianças 1

Principalmente em consideração às crianças, é uma irresponsabilidade continuar legitimando o fumo pelos seguintes motivos:
•Devido a possíveis danos hereditários por meio do esperma do tabagista;
•Devido a danos causados ao feto pelo fumo activo ou passivo da gestante;
•Devido a danos causados à saúde da criança por inalação directa da fumaça do tabaco.
Pelo hábito de fumar em público, cria-se na juventude a impressão de algo normal e inofensivo.Se realmente fosse algo tão nocivo, com certeza o Estado já o teria proibido, pensa a criança.
Portanto, a barreira que leva a este vício é bem menor.
A propaganda enganosa do tabaco actua na criança (e não somente nela) em um nível que, de modo geral, não pode ser notada.•
Na realidade, o consumo de cigarro só tem efeitos maléficos ao bem-estar da sociedade destruição da natureza em função da plantação do tabaco, danos catastróficos à saúde, incêndios devido às pontas de cigarro desprezadas, divisão da sociedade em fumantes e não fumantes.

A fumaça do tabaco mata crianças

Cada segunda criança se torna um fumante passivo
na casa paterna. Devido aos enormes riscos à saúde,
isto é uma grave irresponsabilidade


O feto da gestante fumante não recebe oxigénio suficiente e seu peso, por ocasião do nascimento, se reduz em até 10%. Pela falta de oxigénio, podem ocorrer danos cerebrais! Podem ocorrer, ainda, outras consequências, tais como: uma alta taxa de mortalidade em recém-nascidos, partos prematuros e desenvolvimento intelectual e emocional deficiente, assim como distúrbios de comportamento. Mas não somente o fato da mãe ser uma fumante activa ou passiva durante a gravidez pode levar a danos vitalícios, a graves deformações e até à morte da criança antes ou após o parto. O sémen de um homem viciado em nicotina já é suficiente para provocar um aborto, danos hereditários e levar a um índice maior de cancro infantil. Até mesmo a infertilidade feminina pode ser consequência do tabagismo.
Em países do terceiro mundo, as despesas com o tabaco nas famílias de baixa renda se fazem em detrimento da nutrição infantil. Segundo uma estimativa (ver fonte abaixo), 500.000 crianças morrem anualmente de inanição, porque seus pais são levados a fumar.•
Fumantes, assim como os fabricantes e comerciantes desta droga de extermínio em massa, são responsáveis por crianças doentes, deformadas, com danos cerebrais e subnutridas.•
Várias vezes gestantes e mulheres com crianças me contaram o quanto sofriam ao serem expostas com tanta frequência à fumaça do cigarro. Há crianças que, ao serem perguntadas o que desejam para seu aniversário, manifestam o desejo de viver sem a tara do fumo.

Conclusão

Este estudo permitiu-nos compreender melhor este período da vida em que os jovens se encontram num processo intenso de desenvolvimento e maturação no campo biológico, sexual e social. As suas funções e tarefas são condicionadas pela sociedade em que se inserem, pela dependência das condições de desenvolvimento e exigências económicas, sociais, políticas e culturais dessa sociedade.

Face aos resultados, podemos concluir que:
• Não existe relação entre o tabagismo dos pais e o tabagismo na adolescência;
• Existe relação entre o tabagismo dos amigos e tabagismo na adolescência;
• Não existe relação entre a atitude dos pais face ao tabagismo em geral e o tabagismo na adolescência;
• O locus de controlo-interno está associado à diminuição do tabagismo na adolescência;
• O locus de controlo-externo está associado ao aumento do tabagismo na adolescência.

Constatamos que o fenómeno do tabagismo é complexo e como tal não se podem tirar decisões precipitadas. Nele intervêm factores (ambientais, socio-culturais, pessoais, conhecimentos e convicções) não se deixando estabelecer uma relação de causa efeito sobre cada um deles. Os diferentes factores que se relacionam com o fenómeno do consumo do tabaco complementam-se e interagem na influência que exercem sobre a possibilidade do adolescente fazer ou não parte do grupo de fumadores.

Haverá contudo factores que agem e interagem com intensidades diferentes em determinadas circunstâncias e em determinadas idades.

Gostaríamos de deixar algumas sugestões que consideramos pertinentes, tais como:
• A realização de estudos de outras variáveis que interferem no tabagismo da adolescência;
• A educação para a saúde deverá ser o pilar na qual assentarão todas as medidas de prevenção;
• A escola deverá dispor de tempo curricular de educação para a saúde e apoio aos formadores;
• É importante a participação da família no comportamento anti-tabágico pois a educação para a saúde é em grande parte dada pelos pais em casa, consciente ou inconscientemente. Deverão os pais envolver-se também nos programas escolares de prevenção.

GRÁFICO 1 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo o tabagismo dos pais.

Para testar a segunda hipótese, e comprovar estatisticamente que existe relação entre o tabagismo dos amigos e o tabagismo na adolescência, recorreu-se ao teste de Qui-quadrado para um nível de significância de 0,05.Pelo que (xo=26,49),e (xc=5,99),o que prova que a hipótese é estatisticamente significativa, o que vem de encontro ao que dizem CLAES (1985) e FLEMING (1997), segundo os quais alguns dos factores que na adolescência provocam a iniciação do tabagismo ou a sua permanência estão relacionados com a chamada “crise da adolescência”, caracterizada pelo rompimento dos laços da autoridade vigente (principalmente pais e instituição escolar) e a necessidade de identificação com novos modelos. Ainda outros autores, salientam o facto de que o hábito tabágico do melhor amigo é um factor preditivo muito importante no consumo do tabaco na adolescência (OMS, 1992 b) e (OMS, 1995).




GRÁFICO 2 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo o tabagismo dos amigos.



Relativamente à terceira hipótese, ao resultados do teste de hipótese revelaram que Qui-.quadrado (xª=0,723) com uma relação não significativa com o tabagismo na adolescência (p=0,697), a um nível de significância de 0,05 revelou-nos que não existe relação entre a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral e o tabagismo na adolescência. Apesar da maioria dos autores referir que a autoridade dos pais que interditam as suas crianças de fumar tem um papel importante na prevenção do tabagismo precoce, pois a influência dos pais parece importante na transição do consumo “experimental” para o consumo “regular”.

Contrariamente a estes resultados LUÍS (1988), num estudo efectuado em Portugal, em estudantes do ensino secundário, por sua vez não encontrou relação entre a atitude dos pais e o hábito de fumadores jovens.






GRÁFICO 3 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral.



Para testar a quarta hipótese, pelo teste de Qui-quadrado (x2=947), verificámos que a relação é significativa (p=0,013), a um nível de significância de 0,05, o que corrobora a hipótese em estudo. Estes resultados vêm de encontro ao que diz RIBEIRO(1994), onde refere que os indivíduos com características mais internalistas atribuem o facto de ficar doentes a algo que eles possam ter feito. Este autor refere ainda que o locus de controlo-interno é uma variável importante para o desenvolvimento de programas de intervenção na promoção da saúde.


Ao testar a quinta hipótese, pelo teste de Qui-quadrado (x2= 2,906), constatámos que este é significativo (p= 0,044),a um nível de significância de 0,05,aceitando a hipótese em estudo.

Vários estudos dizem-nos que indivíduos com locus de controlo-externo são mais permeáveis à influência dos outros do que os com controlo-interno, daí considerarmos, que as influências que estes jovens têm recebido dos seus pais, irmãos, amigos e familiares serem influências positivas, (COELHO e AZEVEDO, 1986).

Os pais que discordam com o hábito tabágico e tentam mostrar ao seu filho os malefícios que este pode acarretar para a sua saúde e reforçar a sua opinião ao longo do seu desenvolvimento, provavelmente serão pais que influenciaram os seus filhos no sentido positivo. Tendo em conta este facto, consideramos que os adolescentes com externalidade alta tanto poderão ser influenciáveis pelo sentido positivo como negativo.

Este resultados poderão estar em concordância com o que nos dizem alguns autores, nomeadamente, FIRMINO, MATOS e SERRA, (1987) em que segundo estes, no locus controlo externo as expectativas do indivíduo tanto podem aumentar mesmo quando tem fracassos como diminuir quando obtêm êxitos numa tarefa.

Métodos indispensáveis

Realizou–se uma pesquisa do tipo quantitativo descritivo analítico com o objectivo de averiguar a seguinte questão de investigação:

Que factores levam o adolescente a iniciar o seu hábito tabágico?

A realização deste estudo, consistiu na elaboração de um questionário, a um grupo de 120 adolescentes, utilizando uma amostragem probabilística aleatória estratificada.

O tratamento estatístico iniciou-se através da análise descritiva da nossa amostra. Para testar as hipóteses formuladas, utilizámos o teste de Qui-quadrado a um nível de significância de 0,05, visto que a variável dependente (o tabagismo na adolescência) é uma variável nominal.


Hipóteses

1)– Existe relação entre o tabagismo dos pais e o tabagismo na adolescência.
2)– Existe relação entre o tabagismo dos amigos e o tabagismo na adolescência.
3)– Existe relação entre a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral e o tabagismo na adolescência.
4)– O locus de controlo-interno está associado à diminuição do tabagismo na adolescência.
5)– O locus de controlo-externo está associado ao aumento do tabagismo na adolescência


Variáveis em estudo

ð Variável dependente – “O tabagismo na adolescência”
ð Variáveis independentes:
Tabagismo dos pais;
Tabagismo dos amigos;
Atitude dos pais face ao tabagismo em geral;
Locus controlo-interno;
Locus de controlo-externo.


RESULTADOS OBTIDOS

A população alvo apresenta uma média de idades de 15,25 anos, maioritariamente do sexo feminino(51,67%).Quanto às habilitações literárias, não existem diferenças significativas, embora o 8º ano se considere o ano com maior frequência (19,17%).

Relativamente ao tabagismo na adolescência, constatou–se que a maioria, 60,83% não são fumadores.

O motivo porque fumaram pela primeira vez, foi na grande maioria “por curiosidade” (87,23%).Verificou-se que 89,36% dos adolescentes fumam em média 1-10 cigarros por dia. A maioria fuma às escondidas dos pais (72,34%). Referindo que fumam mais quando estão com amigos.

Em relação á primeira hipótese formulada, os resultados do teste Qui-quadrado demonstraram-nos que não existe relação entre o tabagismo dos pais e o tabagismo na adolescência, para um nível de significância de 0,05. Estes resultados não estão de acordo com a generalidade dos autores que assinalam a importância da influência familiar no hábito tabágico dos adolescentes (OMS, 1992b). No entanto nem todos os estudos estabelecem relação entre estas duas variáveis. O exemplo dos pais é um argumento que ora parece como válido, ora como não válido. Alguns autores encontram uma correlação estreita outros não encontram nenhuma (OMS,1995a).

segunda-feira, 31 de maio de 2010

DIA MUNDIAL SEM FUMO

DIA 31 DE MAIO (DIA MUNDIAL SEM FUMO