segunda-feira, 31 de maio de 2010

DIA MUNDIAL SEM FUMO

DIA 31 DE MAIO (DIA MUNDIAL SEM FUMO

O ADOLESCENTE E O TABACO

O mecanismo que conduz as crianças e adolescentes a adquirir o hábito de fumar é muito complexo e não está ainda bem esclarecido, admitindo-se que uma multiplicidade de factores actuam em conjunto, com uma pressão social extraordinariamente forte e com características pessoais do indivíduo.

Estudos realizados em diversos países demonstram que há uma aumento significativo no número de indivíduos iniciados no tabaco entre os 11 e os 15 anos. Em média mais de um quarto destes jovens fumam pelo menos uma vez por semana (mais de um terço tem 15 anos).
Os motivos que levam o adolescente a iniciar precocemente hábitos tabágicos poderão ser de múltiplas causas: o exemplo dos pais, a influência dos amigos, os maus resultados escolares, a precocidade social, a personalidade entre outros.

segunda-feira, 24 de maio de 2010

DOENÇAS ASSOCIADAS AO TABAGISMO

Alguns estudos realizados em França e referidos por COSTA CABEÇAS e GUARDADO (1996), evidenciam que as doenças cardio-vasculares provocam cerca de 20 000 mortes por ano, o que leva a crer que o tabagismo seja um dos principais factores de risco.

(1994), referencia que as crianças nascidas de mães que fumam durante a gravidez apresentam em média 200 gr a menos que as das não fumadoras.

Os distúrbios gastrointestinais, nomeadamente a úlcera gástrica e duodenal e atraso de cicatrização nas mesmas, são mais prevalentes em indivíduos fumadores de ambos os sexos que em não fumadores . O fumo também relaxa o esfíncter esofágico e pode contribuir para o refluxo gastroesofágico .

Neoplasias da cavidade oral, laringe, faringe, bexiga, pâncreas e do aparelho genital masculino e feminino, são também mais frequentes entre os fumadores.

DOENÇAS ASSOCIADAS AO TABAGISMO

Sabe-se através de dados obtidos pela OMS para a Europa, que 90% dos indivíduos que morrem por cancro do pulmão, brônquios e traqueia apresentam como causa o consumo do tabaco; 75% da taxa de mortalidade por bronquite, enfisema e asma e 25% de mortes por doenças isquémicas são igualmente atribuíveis ao tabagismo.

O cancro do pulmão, atingiu mortalmente em Portugal no ano de 1990, cerca de 1600 indivíduos do sexo masculino (JOOSSENS et al.,1994).

A incidência de infecções respiratórias e de mortes por pneumonia e gripe, as complicações respiratórias nos pós-operatórios e o pneumotórax expontâneo, são problemas mais comuns nos fumadores .

Os fumadores correm quase o dobro do risco dos não fumadores, de vir a sofrer um enfarte agudo do miocárdio ou morte por coronáriopatia. Este risco relativo de coronáriopatia torna-se ainda maior nas faixas etárias mais jovens, quando a incidência da doença deveria ser mais baixa. Ainda o mesmo autor relata-nos que, a morte súbita poderá ser a primeira manifestação de coronáriopatia, sendo a sua ocorrência duas a quatro vezes mais provável entre fumadores jovens do sexo masculino que entre os não fumadores, aumentando com o maior consumo de cigarros e o tempo de exposição.

O tabaco na adolescência

Os estudos realizados no mundo ocidental mostram-nos que é na adolescência que a grande maioria de fumadores experimenta ou consome de forma mais regular o tabaco pelo que deverá ser durante esta fase da vida que a investigação e as medidas de educação preventiva deverão incidir, (OMS, 1995).

Ora, é precisamente neste âmbito que surge o presente trabalho, levando- nos á formulação da seguinte questão: - Que factores levam o adolescente a iniciar o seu hábito tabágico?

O tabaco na adolescência

O consumo de tabaco, é considerado o principal factor de estilo de vida causador de doenças crónicas nos países desenvolvidos e foi identificado como o principal problema de saúde pública.
Existem no mundo milhões de fumadores. O seu número aumenta diariamente, por um lado, porque a população aumenta rapidamente e por outro, porque está a ser fornecido e encorajado por fins puramente comerciais.

A OMS tem vindo a recomendar acções de vária ordem respeitantes ao tabagismo e a prevenção tem sido prioritária. Para que se possa planear e executar programas de prevenção é necessário delimitar o problema e entender o fenómeno colhendo informações sobre a caracterização e o comportamento tabágico.
A utilização de bebida alcoólica regular deve ser vista com muito cuidado. O seu uso moderado não significa grande problema de saúde. O seu uso exagerado caracteriza o alcoolismo, uma grave doença que basicamente atinge o sistema nervoso, o sistema gastrointestinal, fígado e pâncreas, e o sistema cardio-circulatório.
A principal característica do alcoolismo é a dependência, ocorrendo na terceira idade de maneira significativa. Na dependência, a súbita retirada da bebida pode gerar graves distúrbios, caracterizados pelo (Síndrome de Abstinência). A Síndrome de Abstinência se caracteriza por estado de delírio com agitação, confusão, e alucinações. Além da dependência o alcoolismo pode se manifestar através de sua intoxicação e de suas complicações.
No idoso o álcool tende a atingir maiores concentrações no sangue mesmo com doses pequenas. Suas manifestações caracterizam por dificuldade no andar, por confusão, e por negligência consigo mesmo. Acentua a falta de memória. Pode haver mudança de humor, com excitação seguida de depressão e agressividade, podendo se confundir com demência. Facilita as quedas e ferimentos, e com frequência há distúrbios como diarreia e incontinência urinária.
O alcoolismo na terceira idade fica agravado devido ao fato de ser ignorado por médicos e serviços de saúde pública que estão mais preocupados com o alcoolismo entre jovens. A intoxicação por álcool ocorre em geral em grandes alcoólatras. No alcoolismo crónico ocorrem repetidos episódios de intoxicação alcoólica. O alcoolismo leva a pessoa ao isolamento social e a graves distúrbios familiares.
As principais características do alcoólatra são a ingestão muito rápida da bebida, o hábito de beber só e cada vez maiores quantidades, a perda de apetite, e irritabilidade nos momentos em que não bebe.
São inúmeras as consequências médicas do alcoolismo. A demência e as neuropatias são suas principais manifestações neurológicas. Há o desenvolvimento de doença cardíaca (insuficiência, arritmias), doenças gastrointestinais e hepáticas. Ocorre uma tendência a aumentar gorduras no sangue, exacerba crises de gota, e aumenta a susceptibilidade a infecções. Leva à impotência sexual. Inúmeras deficiências vitamínicas são consequentes ao alcoolismo (ácido fólico, tiamina, etc). Os cancros da boca, da faringe e do esófago estão relacionados ao alcoolismo.
O álcool acentua ainda os efeitos sedativos dos tranquilizantes, de analgésicos e também de antialergénicos.
Talvez as principais consequências do alcoolismo para o idoso sejam os acidentes causados por comportamento indevido, como quedas e principalmente acidentes de trânsito. O problema das quedas tem relevância na terceira idade. O alcoolismo é muito frequente entre aqueles que praticam o suicídio e nas situações de intoxicações por drogas.
O alcoolismo com todas suas consequências e complicações é frequente causa de morte na terceira idade, situando-se entre doenças cardíacas, derrames cerebrais e câncer.
Na base do alcoolismo está o componente hereditário que predispõe à doença. Mas o peso de distúrbios psicológicos é sem duvida fundamental para o desenvolvimento da doença. São as frustrações, os medos, as ansiedades que levam ao uso do álcool como tranquilizante.
Na terceira idade o medo da morte, a solidão, a ansiedade gerada pela sensação de dependência, a tristeza pelas perdas, a falta de adaptação à aposentadoria, as frustrações de mais variadas causas assumem grande importância sendo factores que devem ser encarados com muito respeito e compreensão.
O tratamento não se limita à correcção dos vários distúrbios orgânicos que acompanham o alcoolismo. A abordagem psicológica e a terapia ocupacional são armas eficientes no seu tratamento que deve sempre contar com a activa participação dos familiares.
O fumo está relacionado directamente com o aceleramento do processo de arteriosclerose. É o responsável direto pelas principais doenças pulmonares (bronquites e enfisema) e também desencadeia inúmeras doenças cardíacas (arritmia, hipertensão arterial e infarto do miocárdio). Vários tipos de câncer estão relacionados ao tabagismo: pulmão, boca, rins, pâncreas e esôfago. Inúmeros distúrbios metabólicos se agravam com o uso contínuo de fumo, como por exemplo, os distúrbios do colesterol, além de alterar o metabolismo de vitaminas e do oxigênio no organismo.

segunda-feira, 17 de maio de 2010

A gravidez e o tabaco

O uso do cigarro pode também reduzir a quantidade de leite segregada pela mãe durante a amamentação e a nicotina é transmitida ao bebé pelo leite materno.
São mal conhecidos os problemas hereditários que o tabaco pode causar. Muitas vezes, as consequências demoram anos para surgir. Muitas raparigas que começam a fumar aos 13 anos podem vir a apresentar problemas graves 15 anos mais tarde, quando se tornarem mães.
A mulher grávida nunca deveria fumar porque o tabaco, tal como o álcool, é uma das principais causas de aborto, de prematuridade e de fraqueza da criança ao nascer.Muitas mulheres percebem que a gravidez é a motivação que faltava para parar de fumar. No entanto, não é recomendável parar de fumar bruscamente durante a gravidez, porque quando isso acontece, ocorre um processo de ‘limpeza’ pelo organismo. A nicotina acumulada durante anos nos pulmões é libertada na corrente sanguínea antes de ser eliminada, o que prejudica bastante o feto. O melhor será deixar de fumar seis meses antes de conceber um filho ou idealmente um ano antes.


O tabaco perturba todas as funções do organismo e quando uma mulher grávida está a fumar significa que está a diminuir as possibilidades de vida da criança desde a sua concepção, privando-a do principal elemento de que necessita para se desenvolver: o oxigénio. Esta tendência da mãe fumadora significa também que a criança terá mais predisposição para se tornar fumadora. Mesmo que não fume, uma gestante que esteja exposta ao fumo de outros fumadores acaba por apresentar os mesmos níveis de nicotina no sangue que os restantes. No Japão existe uma lei que proíbe qualquer pessoa de fumar no local onde que esteja uma mulher grávida.

Os efeitos à saúde causados pelo fumo de tabaco se referem diretamente à tabagismo assim como à inalação de fumaça ambiente (tabagismo passivo). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira é fumante. A OMS também estima que em países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser atribuídas ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo é uma importante causa de morte prematura em todo o mundo.
Os principais riscos à saúde relacionados ao tabagismo se referem às doenças do sistema cardiovascular, sendo o tabagismo um fator de risco importante para infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e cancro, particularmente cancro de pulmão e cancro de laringe e boca. Antes da Primeira Guerra Mundial, o cancro de pulmão era considerado uma doença rara, a qual a maioria dos médicos poderiam jamais ver durante sua carreira profissional. Com o crescimento da popularidade do tabagismo após a guerra, houve um aumento "epidêmico" de cancro de pulmão.

A gravidez e o tabaco

A criança nasce abaixo do tamanho normal: em média, 3,050 kg para os filhos de fumadoras, contra 3,250 kg para os de não-fumadoras, o que causa uma diminuição da resistência da criança.
Nas mulheres fumadoras o índice de esterilidade alcança os 41% e os abortos espontâneos atingem entre 10% e 35%, conforme a quantidade diária de fumo. O tabaco é também um sério factor causador de hipoglicemia, provocando dores de cabeça e ansiedade. As fumadoras têm uma taxa de colesterol mais elevada que as não-fumadoras, o que é um factor importante de arterosclerose, condição incompatível com o esforço necessário para o parto.
A somar a tudo isto, o fumo decompõe a vitamina C, essencial ao organismo humano. Quando a vitamina C não está presente para eliminar o ácido láctico, há um aumento considerável da fadiga muscular. Mesmo a ingestão de quantidades elevadas de vitamina C (1 grama por dia) não chega a compensar as perdas decorrentes do uso do tabaco.

segunda-feira, 10 de maio de 2010


o tabaco na gravidez

Todos os adultos estão a par dos malefícios do tabaco. Mas as crianças são quem mais sofre com o nocivo fumo, e os riscos aumentam quando se trata de uma grávida que fuma durante a gravidez.


Problemas respiratórios, tensão arterial elevada, problemas cardíacos, cancro do pulmão ou da mama, problemas ginecológicos nas mulheres e diminuição do esperma nos homens, estes são apenas alguns dos horrores causados pelo tabaco. Na mulher grávida, estes são a dobrar, porque o fumo age ao mesmo tempo sobre a mãe e sobre a criança. Pode mesmo afirmar-se que quando a mãe fuma, o bebé também o faz, porque vai absorver as substâncias tóxicas do cigarro através da placenta. Durante a amamentação, as substâncias tóxicas do cigarro são transmitidas para o bebé também através do leite materno. Durante a gravidez a mulher que fuma cansa o coração do feto. De cada vez que fuma um cigarro, o coração da criança aumenta de ritmo de 5 para 40 batimentos cardíacos por minuto, apenas voltando ao normal 20 minutos depois. O fumo do tabaco diminui o apetite do feto e não permite um saudável aproveitamento dos alimentos, provocando subnutrição no feto. Além disso, surgem problemas de calcificação da placenta que impedem as trocas normais entre a mãe e o bebé. A nicotina reduz o fluxo de sangue na placenta, comprimindo as artérias e vasos sanguíneos e diminuindo a quantidade de oxigénio e nutrientes que passam para o feto.

segunda-feira, 3 de maio de 2010

2ª parte 5 - O tabaco mata

Em 2006,por ocasião da proposta para a nova Lei do Tabaco, a medida esteve em cima da mesa , recorda Emília Nunes , mas não foi adoptadas."A União Europeia aprovou um convénio que inclui 42 imagens de advertência passíveis de utilização na Europa.É preciso fazer reflectir os Estados-membros para uma futura adopção da medida e alertar os decisores e a sociedade para a necessidade de serem adoptadas por todos os países".

José Calheiros, da Sociedade Portuguesa de Tabacologia, sublinhou ao CM a importância de haver campanhas de informação dirigidas a públicos-alvo e não dirigidos para a população em geral normalmente menos eficazes na mensagem.
"Devemos apostar nas campanhas dirigidas a grupos, jovens, mulheres e há cada vez mais fumadoras. É preciso ter em atenção que em Portugal, 40% das mortes por cancro são evitáveis e, destes, 21% são devido ao tabaco."