segunda-feira, 17 de maio de 2010

A gravidez e o tabaco

O uso do cigarro pode também reduzir a quantidade de leite segregada pela mãe durante a amamentação e a nicotina é transmitida ao bebé pelo leite materno.
São mal conhecidos os problemas hereditários que o tabaco pode causar. Muitas vezes, as consequências demoram anos para surgir. Muitas raparigas que começam a fumar aos 13 anos podem vir a apresentar problemas graves 15 anos mais tarde, quando se tornarem mães.
A mulher grávida nunca deveria fumar porque o tabaco, tal como o álcool, é uma das principais causas de aborto, de prematuridade e de fraqueza da criança ao nascer.Muitas mulheres percebem que a gravidez é a motivação que faltava para parar de fumar. No entanto, não é recomendável parar de fumar bruscamente durante a gravidez, porque quando isso acontece, ocorre um processo de ‘limpeza’ pelo organismo. A nicotina acumulada durante anos nos pulmões é libertada na corrente sanguínea antes de ser eliminada, o que prejudica bastante o feto. O melhor será deixar de fumar seis meses antes de conceber um filho ou idealmente um ano antes.


O tabaco perturba todas as funções do organismo e quando uma mulher grávida está a fumar significa que está a diminuir as possibilidades de vida da criança desde a sua concepção, privando-a do principal elemento de que necessita para se desenvolver: o oxigénio. Esta tendência da mãe fumadora significa também que a criança terá mais predisposição para se tornar fumadora. Mesmo que não fume, uma gestante que esteja exposta ao fumo de outros fumadores acaba por apresentar os mesmos níveis de nicotina no sangue que os restantes. No Japão existe uma lei que proíbe qualquer pessoa de fumar no local onde que esteja uma mulher grávida.

Os efeitos à saúde causados pelo fumo de tabaco se referem diretamente à tabagismo assim como à inalação de fumaça ambiente (tabagismo passivo). A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que 16% da população brasileira é fumante. A OMS também estima que em países desenvolvidos, 26% das mortes masculinas e 9% das mortes femininas podem ser atribuídas ao tabagismo. Desta forma, o tabagismo é uma importante causa de morte prematura em todo o mundo.
Os principais riscos à saúde relacionados ao tabagismo se referem às doenças do sistema cardiovascular, sendo o tabagismo um fator de risco importante para infarto do miocárdio (ataque cardíaco), doenças do trato respiratório como a Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) e enfisema, e cancro, particularmente cancro de pulmão e cancro de laringe e boca. Antes da Primeira Guerra Mundial, o cancro de pulmão era considerado uma doença rara, a qual a maioria dos médicos poderiam jamais ver durante sua carreira profissional. Com o crescimento da popularidade do tabagismo após a guerra, houve um aumento "epidêmico" de cancro de pulmão.

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