segunda-feira, 7 de junho de 2010

GRÁFICO 1 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo o tabagismo dos pais.

Para testar a segunda hipótese, e comprovar estatisticamente que existe relação entre o tabagismo dos amigos e o tabagismo na adolescência, recorreu-se ao teste de Qui-quadrado para um nível de significância de 0,05.Pelo que (xo=26,49),e (xc=5,99),o que prova que a hipótese é estatisticamente significativa, o que vem de encontro ao que dizem CLAES (1985) e FLEMING (1997), segundo os quais alguns dos factores que na adolescência provocam a iniciação do tabagismo ou a sua permanência estão relacionados com a chamada “crise da adolescência”, caracterizada pelo rompimento dos laços da autoridade vigente (principalmente pais e instituição escolar) e a necessidade de identificação com novos modelos. Ainda outros autores, salientam o facto de que o hábito tabágico do melhor amigo é um factor preditivo muito importante no consumo do tabaco na adolescência (OMS, 1992 b) e (OMS, 1995).




GRÁFICO 2 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo o tabagismo dos amigos.



Relativamente à terceira hipótese, ao resultados do teste de hipótese revelaram que Qui-.quadrado (xª=0,723) com uma relação não significativa com o tabagismo na adolescência (p=0,697), a um nível de significância de 0,05 revelou-nos que não existe relação entre a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral e o tabagismo na adolescência. Apesar da maioria dos autores referir que a autoridade dos pais que interditam as suas crianças de fumar tem um papel importante na prevenção do tabagismo precoce, pois a influência dos pais parece importante na transição do consumo “experimental” para o consumo “regular”.

Contrariamente a estes resultados LUÍS (1988), num estudo efectuado em Portugal, em estudantes do ensino secundário, por sua vez não encontrou relação entre a atitude dos pais e o hábito de fumadores jovens.






GRÁFICO 3 – Distribuição gráfica dos adolescentes segundo a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral.



Para testar a quarta hipótese, pelo teste de Qui-quadrado (x2=947), verificámos que a relação é significativa (p=0,013), a um nível de significância de 0,05, o que corrobora a hipótese em estudo. Estes resultados vêm de encontro ao que diz RIBEIRO(1994), onde refere que os indivíduos com características mais internalistas atribuem o facto de ficar doentes a algo que eles possam ter feito. Este autor refere ainda que o locus de controlo-interno é uma variável importante para o desenvolvimento de programas de intervenção na promoção da saúde.


Ao testar a quinta hipótese, pelo teste de Qui-quadrado (x2= 2,906), constatámos que este é significativo (p= 0,044),a um nível de significância de 0,05,aceitando a hipótese em estudo.

Vários estudos dizem-nos que indivíduos com locus de controlo-externo são mais permeáveis à influência dos outros do que os com controlo-interno, daí considerarmos, que as influências que estes jovens têm recebido dos seus pais, irmãos, amigos e familiares serem influências positivas, (COELHO e AZEVEDO, 1986).

Os pais que discordam com o hábito tabágico e tentam mostrar ao seu filho os malefícios que este pode acarretar para a sua saúde e reforçar a sua opinião ao longo do seu desenvolvimento, provavelmente serão pais que influenciaram os seus filhos no sentido positivo. Tendo em conta este facto, consideramos que os adolescentes com externalidade alta tanto poderão ser influenciáveis pelo sentido positivo como negativo.

Este resultados poderão estar em concordância com o que nos dizem alguns autores, nomeadamente, FIRMINO, MATOS e SERRA, (1987) em que segundo estes, no locus controlo externo as expectativas do indivíduo tanto podem aumentar mesmo quando tem fracassos como diminuir quando obtêm êxitos numa tarefa.

Sem comentários:

Enviar um comentário