segunda-feira, 7 de junho de 2010

Métodos indispensáveis

Realizou–se uma pesquisa do tipo quantitativo descritivo analítico com o objectivo de averiguar a seguinte questão de investigação:

Que factores levam o adolescente a iniciar o seu hábito tabágico?

A realização deste estudo, consistiu na elaboração de um questionário, a um grupo de 120 adolescentes, utilizando uma amostragem probabilística aleatória estratificada.

O tratamento estatístico iniciou-se através da análise descritiva da nossa amostra. Para testar as hipóteses formuladas, utilizámos o teste de Qui-quadrado a um nível de significância de 0,05, visto que a variável dependente (o tabagismo na adolescência) é uma variável nominal.


Hipóteses

1)– Existe relação entre o tabagismo dos pais e o tabagismo na adolescência.
2)– Existe relação entre o tabagismo dos amigos e o tabagismo na adolescência.
3)– Existe relação entre a atitude dos pais face ao tabagismo da população em geral e o tabagismo na adolescência.
4)– O locus de controlo-interno está associado à diminuição do tabagismo na adolescência.
5)– O locus de controlo-externo está associado ao aumento do tabagismo na adolescência


Variáveis em estudo

ð Variável dependente – “O tabagismo na adolescência”
ð Variáveis independentes:
Tabagismo dos pais;
Tabagismo dos amigos;
Atitude dos pais face ao tabagismo em geral;
Locus controlo-interno;
Locus de controlo-externo.


RESULTADOS OBTIDOS

A população alvo apresenta uma média de idades de 15,25 anos, maioritariamente do sexo feminino(51,67%).Quanto às habilitações literárias, não existem diferenças significativas, embora o 8º ano se considere o ano com maior frequência (19,17%).

Relativamente ao tabagismo na adolescência, constatou–se que a maioria, 60,83% não são fumadores.

O motivo porque fumaram pela primeira vez, foi na grande maioria “por curiosidade” (87,23%).Verificou-se que 89,36% dos adolescentes fumam em média 1-10 cigarros por dia. A maioria fuma às escondidas dos pais (72,34%). Referindo que fumam mais quando estão com amigos.

Em relação á primeira hipótese formulada, os resultados do teste Qui-quadrado demonstraram-nos que não existe relação entre o tabagismo dos pais e o tabagismo na adolescência, para um nível de significância de 0,05. Estes resultados não estão de acordo com a generalidade dos autores que assinalam a importância da influência familiar no hábito tabágico dos adolescentes (OMS, 1992b). No entanto nem todos os estudos estabelecem relação entre estas duas variáveis. O exemplo dos pais é um argumento que ora parece como válido, ora como não válido. Alguns autores encontram uma correlação estreita outros não encontram nenhuma (OMS,1995a).

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